De manhã acompanhamos as gerenciadoras de sistemas do CAPS. Vimos como os números de protocolo de atendimento e procedimento chegam ao banco de dados da secretaria municipal, mais tarde do Estado e depois ao ministério. A coordenadora do CAPS criou uma estratégia de armazenamento de dados para uma maior organização da unidade. Acompanhamos a organização desses dados, tivemos uma conversa sobre financiamento, pagamento dos funcionários da Clínica.
Também tivemos uma conversa com a coordenadora da Área Programática 2.1, Paula, que nos esclareceu as funções das Organizações Sociais de Saúde (OSS), que no que diz respeito à gestão dos serviços, recomenda-se que os países de renda média (como o Brasil) devem concentrar-se em pelo menos quatro áreas básicas de reforma de políticas: eliminar gradualmente os subsídios públicos aos grupos mais abastados; ampliar a cobertura do seguro de saúde; dar opção de seguro aos consumidores; e estimular métodos de pagamentos que permitam controlar os custos". Na assistência, propõe ações básicas tais como "programa ampliado de imunizações, que no Rio de Janeiro era deficiente, incluindo suplementação de micronutrientes; programas sanitários escolares para tratar as verminoses e a deficiência de micronutrientes, e também para transmitir noções de higiene; programas para esclarecer o público sobre planejamento familiar e nutrição, sobre a conveniência da automedicação ou buscar tratamento, e sobre o controle de vetores e doenças; programas para reduzir o consumo de tabaco, álcool e drogas; e programas para prevenção da AIDS, com ênfase nas DST". Acrescenta a estas ações, "intervenções clínicas" de cinco tipos, divididas nos seguintes grupos: "1. Serviços de assistência à gestante (atendimento pré-natal, no parto e pós-parto); 2. Serviços de planejamento familiar; 3. Controle de tuberculose; 4. Controle das DST; e 5. Atendimento das doenças graves comuns em crianças pequenas". Segundo Túlio Batista Franco, Psicólogo sanitarista, Mestrando em saúde coletiva pela UNICAMP.
Durante a tarde acompanhamos uma reunião sobre matriciamento, entre uma equipe de saúde da família e uma profissional do CAPS.
Matriciamento é um método de trabalho cujo objetivo é viabilizar a interconexão entre os serviços primário, secundário e terciário em saúde, além de também poder ter alcance nos diversos setores e secretarias do município, visando um acolhimento integral ao cidadão, que envolve não só sua saúde física mas também a psíquica e social (Dimenstein et al, 2009).
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